Ele era um velho pecador que adorava cobiçar, cercar, acuar, agarrar, apertar e extorquir. Duro e insensível como uma pedra de amolar, de onde nem o aço consegue tirar a menor faísca, discreto, independente e solitário como uma ostra. A frieza dentro dele congelava suas feições envelhecidas, empinava seu nariz pontudo, enrugava suas bochechas, enri...
A chuva mais pesada, a neve, a geada e o granizo podiam se gabar de terem vantagem sobre ele em um único aspecto: muitas vezes, caíam “generosamente”. Entretanto, Scrooge não conhecia o significado da palavra “generosidade” e jamais se comportava dessa maneira.
Ninguém o parava na rua para cumprimentá-lo, com olhar alegre: “Meu caro Scrooge, como vai você? Quando vai nos visitar?”. Nenhum mendigo lhe pedia esmolas, nenhuma criança perguntava as horas a ele, nenhum homem ou nenhuma mulher alguma vez em toda a vida lhe perguntaram o caminho para esse ou aquele lugar. Até os cães-guia dos cegos pareciam conh...
Tenho! – Scrooge prosseguiu. – Feliz Natal… Que direito você tem de ser feliz? Que motivo você tem para ser feliz? Você não passa de um pobretão. – Muito bem! – o sobrinho retrucou alegre, sem se abalar. – Que direito o senhor tem de ser triste? Que razão tem para ser rabugento? O senhor é muitíssimo rico.
o tio. – “Feliz Natal”! Fora com essa história de “Feliz Natal”! O que é a época do Natal para você, senão a hora de fazer despesas sem ter dinheiro para pagar as suas contas? É tempo de perceber que você ficou um ano mais velho e nem um segundo mais rico! É o momento de fazer o balanço das suas contas e ver que todos os itens referentes aos último...
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