Não dispomos de pouco tempo, mas desperdiçamos muito.
É assim que acontece: não recebemos uma vida breve, mas a fazemos; dela não somos carentes, mas pródigos.
Tal como amplos e magníficos recursos, quando vêm para um mau detentor, são dissipados num instante, ao passo que, por mais modestos que sejam, se entregues a um bom guardião, crescem pelo uso que se faz deles, assim também a nossa existência é bastante extensa para quem dela bem dispõe.
Realmente, todo o período restante [3] não é vida, e sim tempo.
Qual é então a causa disso? Viveis como se sempre havereis de viver, nunca vos ocorreu vossa fragilidade, não observais quanto tempo já transcorreu. Desperdiçais como se de uma fonte plena e abundante, quando, nesse ínterim, exatamente aquele dia que é doado a uma pessoa ou a uma tarefa talvez seja o último. Tendes medo de tudo [5] como mortais, de...
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